terça-feira, abril 26, 2005

Planeta Terra

O nosso planeta, o planeta Terra, é muito mais que um chão. Adoro o conceito de planeta como uma unidade cósmica. Já foi um grande passo para o homem ter chegado a ele. Mas o mais interessante é notar a metáfora que a Terra é. A Terra é mãe e isso não é conversa fiada. Se a vida evoluiu na Terra, então a Terra é um molde, uma forma dos seres. Eu acredito na consistência das coisas. O interior mais profundo parece ser de material muito pesado e denso, inamovível. Um pouco mais à superfície esse material é gradualmente menos denso e menos pesado. Antes da crosta terrestre há material tumultuoso, que ferve. Muitos chamam-lhe Inferno. Depois à superfície há uma diversidade incrível de materiais e seres. Mais acima há a leveza e o céu. Vê-se sempre o Sol.
Quem não se rende à evidência de esta descrição ser a do próprio homem, então está mergulhado numa ilusão perigosa. Constrói-se dia a dia, complexificando-se e auto-admirando-se. Egoísta. Quanto a mim, esta descrição, ou estes traços, revelam-se no ser humano a várias dimensões: temporal, material, psicológica, entre outras. A simplicidade faz-me falta. Embora o mundo seja complexo, essa complexidade tem uma origem simples. É preciso ver o todo. Amanhã posso não pensar assim. Mas depois de amanhã posso voltar a pensar.

Música: Seis Bagatelas Op. 9 de Anton Webern.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Há sempre um depois de amanhã.

11:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

adoro!
m

3:58 da tarde  

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