sexta-feira, novembro 19, 2004

Aridez

é meia noite e trinta e cinco, alguém passou por aridez?, aridez árida muito e de muito pouco. Parece que nada há e ao mesmo tempo tudo há, será isso aridez? imagino a via láctea pois há muito tempo que não a vejo mas sempre a desejo, o que se passa comigo?, deve ser aridez. Tem cura a aridez? Preferia ter acidez.

não sei se vou conseguir construír uma casa, mas também não preciso. não preciso de nada. só preciso de ti. quem? quero ter como quem mata a fome. a nutrição é ridicula e redentora, mas rendenção de quê? calma, isto tudo faz sentido, olha como a via láctea canta dentro dos meus olhos...

é talvez a ventania, a passar-me pelos cornos. foda-se que há dias... há dias estava na maior. e hoje tou sóbrio como sempre. sei lá o que vou ser depois, esta vida é um furacão, não é o Charley, antes fosse o Chaplin. muita gente não me leva a sério, estou farto de o dizer em perspectivas. enfim, não ouvem. ou fingem. Eu também. nem têm que ouvir.

Será que alguém ouve quando falamos sem falar. será que... o cosmos faz eco? é tudo uma questão de acústica, a cáustica, olha a oitava e a terceira. No entanto, nunca fui aos Açores. Mas gostava de um dia ir.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

8.25 da manhã: Acordei ao bocado ( um orgão de cada vez ) e acho que és um tipo cheio de coragem. Levo-te tão a sério como a mim próprio.

vou estudar piano
tcct

8:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

o cosmo é silêncio absoluto, acho que o eco é Deus.
amei este teu poema.
uma menina do Brasil

11:04 da tarde  

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