quarta-feira, janeiro 31, 2007

Diz o pardal


A fragilidade que foge. É preciso magia para fazer parar o tempo e então agir. O pulso, cadência do viver, depende desse tempo.

domingo, janeiro 14, 2007

Paul

In Graceland, in Graceland
I'm going to Graceland
For reasons I cannot explain
There's some part of me wants to see
Graceland
And I may be obliged to defend
Every love, every ending
Or maybe there's no obligations now
Maybe I've a reason to believe
We all will be received
In Graceland

(Simon)

sábado, janeiro 13, 2007

O pó existencial

A vida é a minha pior amiga:
chama por mim para me dizer adeus,
encanta-me para me tornar banal,
põe-me no cimo para me empurrar.
Faz com que insista em gostar dela.

domingo, janeiro 07, 2007

Novidade

Farto de começar e recomeçar, decidi continuar. Farto da novidade, encontro a surpresa à sombra do turbilhão.

segunda-feira, janeiro 01, 2007

New year's day

Ano novo. Por entre corpos dançantes que entoam a canção do inferno, caminho em direcção ao novo ano. Peço licença para passar. A simplicidade a um passo. Contrastes intensos são a cor da vida, espremem-lhe a essência que se apresenta concentrada ao ponto de sólida ficar. Mortos ao meu lado exalam um sopro de vida. Talvez acordem um dia e percebam que os minutos têm peso: 2,5 kilogramas. Talvez me acordem a mim virando o espelho onde verei que a morte é, afinal, a vida que sempre quis; estado de estabilidade. Penso e repenso. E a simplicidade a um passo... Corpo redentor. Olhar meigo e mover encantador.
Sinto-me só agora. Abandonado. Miserável. Entregue aos bichos. Sinto música e harmonia nas veias. Sangue na partitura. Acção na partitura. Perdão. Vingança. A simplicidade a um passo.
- Estende-me a mão. Cessa de jogar a vida. Vamos construir uma árvore de caule seguro. Chega até mim. Leva um ninho do meu corpo. Para ti.
Juro não desejar mais o desencanto, e o seu aleatório. O seu corolário também. Juro não entrar na prisão que me prometes dar. Juro desviar caminho ao perceber. Vejo a simplicidade tão perto.
Faço de ti um mar de compreensão. Com linha de linho, delicada como asa de borboleta. Não posso ser mais que isto: tudo o que sou na força da minha fraqueza. Verdade. Abertura para o aquecer do solo cardíaco. O teu sangue corre no meu. E a simplicidade diante de mim.