quarta-feira, setembro 21, 2005

Mar

... E um mar de desadequação é onde nadam. Erguem a cabeça para respirar ar do meu ar. "Deixem-me estar, preciso de voçês... preciso de voçês com algo mais". Mas quero uma estrada só para mim. Quero o meu percurso na terra que todos pisam, mas que, que raio, também é minha. Silêncio. Deixem-me ouvir a minha própria respiração. Por favor! Por favor não façam barulho.
Pé após pé, cá fui calcando esse chão de nuvens de barro. Barro seco do qual levanto poeira cegando alguns curiosos de olhos bem abertos, pornográficos. Deixem-me ser um reservatório sem fundo para onde deitam tentáculos secos, canas de pesca enferrujadas, gritos de afirmação, gritos de autoridade. Não faço eco, e não tenho capacidade.